domingo, 20 de junho de 2010

Quando namorei um diferente

Quando me apaixonei por alguém diferente, percebi que algo errado acontecia. Quando se ama um diferente todos querem ser diferentes também. Mas se todos forem diferentes, então, seremos todos IGUAIS.
Os iguais sempre quiseram ser como nós. No reino dos iguais, todos querem mudar. Mas se todos forem diferentes, todos serão iguais.

Amar incondicionalmente um diferente é passar por tudo e todos. É aturar greves de fome, insegurança, intrigas...
Quando amei um diferente não foi fácil. Passei por tantas guerras e me meti em tantas confusões. Ele, o diferente, tinha medo da gordinha grevista de fome, dos dragões da homossexualidade e dos iguais. Talvez ele me amasse, mas tinha medo.

Um dia um igual me convenceu que me amava, mas que o diferente. Com ele não haveria problemas. Não havia iguais contra nós, não havia iguais querendo ser como nós.

Eu abandonei o diferente, assim ele poderia enfrentar os seus medos e seria feliz, eu também seria. O diferente sofreu muito, muito mais do que os iguais que o copiavam.

O igual que me amava, não me amava.

Depois disso o diferente não queria mais me amar. O amor ficou feio e os medos ficaram maiores. Nada mais era bonito.

Muitos anos depois tentamos novamente. Estava tudo bem, mas os medos ainda estavam presentes.
O diferente tentou,
Ele tentou ir contra a corrente,

Mas seus medos eram ainda maiores. Ainda maiores que antes, ainda piores. Ele era menos inocente e tinha mais dores e medos.

É não deu certo, acabou!

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